Festa Black Power

No dia 26/11 a escola Azarias Leite promoveu uma grande festa de conscientização sobre o dia da Consciência Negra.

Coordenado pela professora Rose Silva (Arte), a festa aconteceu nas dependências do pátio escolar com participação 100% dos alunos.

A festa começou com o grupo: Axé do Quilombo de Bauru. O Grupo de Capoeira exibiu a representação cultural que mistura esporte, luta, dança e, música.

Após a apresentação os alunos fizeram um desfile da beleza negra. Esse evento teve como objetivo, difundir conhecimentos sobre os diferentes padrões de beleza, moda e comportamento; promover a conscientização sobre a igualdade racial no segmento da moda e reforçar a luta pelo fim do racismo.

Seguindo a festa, a aluna da 3ª Série C – Gabriela, realizou a apresentação da moda afro, desde a confecção por teares tradicionais e a execução da malha artística.

Para animar, mas a festa o aluno Rodolfo da 2ª Série A apresentou um show musical com canções conhecidas dos estudantes.

A aluna Thaís da 3ª Série B fez um show de danças e conscientização da diversidade e formas de combater a violência de gênero.

Ainda tivemos uma dança K-Pop realizada pela aluna Bruna da 2ª Série B e a toda coreografia promovida pela aluna Drielly da 2ª Série C que participa de um grupo de dança de Florianópolis e pode apresentar um pouco de sua arte.

No final a professora Rose Silva Fez bonito cantando “Olhos Coloridos” de Sandra De Sá.

A festa foi um grande sucesso e conduziu os estudantes a reflexão sobre o a Cultura Afro e formas de conscientização.

Black Power

O movimento Black Power, que significa literalmente "Poder Negro", surgiu nos anos 60, como uma forma de renascimento cultural da comunidade negra dos EUA, a exemplo do que tinha acontecido nos anos 20 com a "Harlem Renaissance". Considerado por muitos autores como o "movimento da consciência negra" ou das "artes negras", o Black Power estimulou a criação de instituições culturais e educacionais independentes para a comunidade negra que duraram até aos anos 70. A atenção dos meios de comunicação internacional relativamente a este movimento verificou-se no verão de 1966, quando o termo foi utilizado num discurso pelo presidente do Comité de Coordenação dos Estudantes, Stockely Carmichael, na defesa dos direitos civis da comunidade negra no Mississipi. A expressão Black Power passou então a ser utilizada por outros ativistas e organizações defensoras dos direitos civis dos negros, tendo-se escrito vários livros e artigos sobre o assunto.

No livro Black Power: The Politics of Liberation in America (Vintage, 1966), da autoria de Stockely Carmichael e Charles V. Hamilton, foi feita uma primeira tentativa de definir este conceito que defendia a criação de grupos organizados como forma de o povo negro exercer as suas reivindicações de direitos civis. Este termo foi rejeitado por alguns membros da comunidade negra por haver nele uma inerente divisão étnica, mas foi aceite pela maior parte das organizações e ativistas negros e também por brancos, como, implicitamente, foi o caso do presidente Richard Nixon ao defender um capitalismo negro como resposta aos problemas económicos da comunidade negra dos EUA.

O movimento Black Power constitui um importante contributo para uma maior igualdade de direitos da comunidade afro-americana, nomeadamente através da eleição dos primeiros presidentes de Câmara negros das principais cidades dos EUA, bem como dos primeiros deputados negros do Congresso americano.

Durante este período foram igualmente importantes os debates ideológicos por parte da comunidade negra e a consciencialização dos seus direitos civis e sociais, contribuindo para um maior protagonismo da comunidade negra em termos políticos, educacionais, profissionais e sociais na vida dos EUA.

Porto Editora – Black Power na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2021-11-30 10:55:04]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$black-power