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“Minha vida de menina” de Helena Morley

  • Sala de Leitura
  • 19 de ago. de 2020
  • 5 min de leitura

Período de: 17/08/20 a 21/08/20

Professoras responsáveis: Altina Wagner da Silva e Filomena Aparecida Carballo Gadret

Número de aulas: 16

Seguindo a lista da Fuvest/2021 essa semana a minha indicação de leitura é para “Minha vida de menina”, de Helena Morley


Personagens de Minha Vida de Menina

· Alexandre: Este é o pai de Helena, homem que trabalhava na garimpando diamantes. Mas isso não dava mais lucro. Sua origem é inglesa e vive o protestantismo.

· Carolina: É a mãe de Helena, mulher do riso solto, muito apegada ao marido e não muito firme com os filhos. Na religião é fervorosa.

· Helena: Nossa protagonista! É ela a autora do diário, uma menina alta, magra, branca e muito esfomeada. Também é independente e irônica, sem falar que é muito questionadora.

· Luisinha: É a pamonha. Este é seu apelido. Trata-se da irmã de Helena Morley.

· D.Teodora: Uma grande mulher, a maior inspiração de Helena. É sua avó. Quando Helena escreveu ela tinha 83 anos e era uma grande proprietária rural, com muito dinheiro e ajudava os pobres.

· Aurélia e Conrado: São os tios ricos de Helena Morley. Inclusive ela sente inveja de seus primos, pois eles não precisa fazer as tarefas da casa e somente estudar.

· Geraldo: Filho predileto de Dona Teodora. Este tio da menina Helena é visto como um homem rico e um pouco orgulhoso.

· Madge: Tia de Helena por parte do pai. Ela passava muitos livros para a sobrinha ler tentando ensiná-la aos modos britânicos, mas não deu muito certo.

Resumo do livro

Esta é uma obra que retrata como era o dia a dia de uma adolescente que vivia em Diamantina no final do séc XIX. Seu nome é Helena Morley e ela é neta de um inglês.

Este é o período da decadência de Diamantina, pois as jazidas já tinham se esgotado e a cidade estava ficando abandonada. Por causa disso, estava aumentando a pobreza.

A menina Morley Recebeu educação britânica, liberal e protestante. Isto estava um pouco deslocado do contexto brasileiro da época, mas permitia que Helena tivesse uma reflexão crítica e profunda sobre a cultura em que vivia.

Aprendeu com seu pai, desde cedo, que o trabalho não é indigno, mesmo num ambiente em que o trabalho era negativo e vinculado à escravidão.

Cabe ainda dizer neste resumo de Minha Vida de Menina, que diferentemente do pai, a mãe, dona Carolina, que é brasileira, passava para ela um repertório cultural vinculado ao catolicismo.


Principais características de Helena Morley Helena é uma menina muito questionadora, mas também é possível perceber vários momentos em que ela é bem aberta e flexível a novas ideias.

Ela conta como era seu cotidiano doméstico, junto à família e como era pouco o tempo dedicado aos estudos. Os problemas dela com a escola são reforçados pelas más companhias que tinha, pois estava costumeiramente com meninas que não se esforçavam para estudar.

Ela mesma também nos conta que era gulosa, não perdendo nenhuma oportunidade de comer. Contudo, mesmo comendo de montão, não deixava de ser bem magrinha.

Era uma menina de muitas crises de riso, principalmente nos momentos em que deveria manter a seriedade.

Ela assim se qualificava:

“Eu sou impaciente, rebelde, respondona, passeadeira, incapaz de obedecer e tudo o que quiserem que eu seja.”

Mesmo este sendo apenas um resumo de Minha Vida de Menina, notou como podemos perceber como ela era transparente consigo mesma?

O diário de Helena Morley – biografia Em seu diário vemos muitas referências à festas religiosas, até como forma de marcação do tempo passando. Ela cresceu em meio a protestantes e católicos, mas não havia uma real integração com sagrado. As festas religiosas eram vividas apenas como eventos sociais.

Terminando o resumo do livro Minha Vida de Menina, vamos percebendo que no último ano em que ela ainda escreveu no diário, 1895, tudo começa a mudar.

Trata-se do fim da sua vida de molecagem. Helena perdeu sua amada avó, dona Teodora. Esta era uma pessoa muito importante para ela, pois era uma grande protetora.


Ressaltamos neste resumo de Minha Vida de Menina, que Helena acompanhou a disputa pela herança de sua avó, que era muito rica. Assim o livro vai perdendo o caráter jovial e ganhando um tom mais adulto, sério e reflexivo. Ela estava deixando de ser uma menina e se tornando uma mulher.

O diário termina de forma abrupta. O pai de Helena, Alexandre, que estava cheio de dívidas é contratado, torna-se estável economicamente e consegue pagar o que devia. Termina assim o nosso resumo de Minha Vida de Menina, com Helena deixando de escrever como foram seus dias.

Análise do livro Minha Vida de Menina

Vamos analisar os principais aspectos literários que podem ser cobrados no vestibular FUVEST 2020.


Sobre o diário: um relato confessional

Você já sabe que se trata de um diário, logo não há divisão por capítulos. Neste caso a marcação se dá por entradas, ou seja, datas. Helena relata seu dia, e a noção do tempo é feita também por meio de adjuntos adverbiais de tempo, como por exemplo, “ontem” e “hoje”.

Sabe os romances, novelas e narrativas em geral? São sobre fatos passados, tudo já aconteceu. Mas em um diário vemos fatos atuais, situações em que o protagonista está inserido no presente em que escreve.

Por causa dessas características, podemos dizer que a narrativa é fragmentada. Afinal, cada dia se fala de uma coisa, se vive algo diferente. Um diário não necessariamente segue uma linearidade. Afinal, no mesmo dia, podem acontecer muitas coisas desconexas.

Outro detalhe notável é que não há pretensão de tornar um diário uma grande obra de literatura, sendo por isso de um gênero despretensioso. Sobre este tipo de literatura, ressalte-se ainda que não foi escrita para ser lida, pois o dono do diário está escrevendo para si mesmo. Além disso, os fatos não são imaginários, mas reais.

Temática do racismo

Como os escritos são de um período pós abolição, como você leu no resumo de Minha Vida de Menina, Helena está vivendo em dias de resquícios da escravidão.

Por isso, nota-se racismo e desvalorização do trabalho. Muitos escravos aceitam continuar sendo submissos, pois continuam marginalizados. Isso acontece com a avó de Helena, por exemplo. Por falar nisso, ressaltamos que Helena se dava bem com os negros, mas desde que eles se mantivessem em seus lugares.

Outros detalhes

A maior parte das personagens é feminina, o que até mesmo conduz Helena a refletir sobre o papel da mulher na sociedade. Ela, em alguns momentos, até mesmo chega a desejar ter nascido um homem para poder fazer certas coisas, mas acaba mudando de ideia e fica satisfeita por ser mulher.

Alice Dayrell Caldeira Brant, a autora, escreveu com o intuito de mostrar às suas netas como era a vida dela em Diamantina. Ainda há debates sobre a qual escola literária pertence a obra, havendo quem diga que é realista e quem diga que é modernista. isto permanece em aberto.

Mídias: Minha Vida de Menina de Helena Morley

E então? gostou da análise e do resumo de Minha Vida de Menina? Sabia que foi feito um filme? Ele está completo e dublado no Youtube, confira!






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