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“O Rouxinol e o Imperador” - Hans Christian Andersen

  • Sala de Leitura
  • 3 de set. de 2020
  • 5 min de leitura

Olá, Pessoal!

Vale a pena ler e assistir a esse lindo conto de fadas de Hans Christian Andersen!

“O Rouxinol e o Imperador” - Hans Christian Andersen

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Hans Christian Andersen (1805-1875) foi um escritor dinamarquês, autor dos contos infantis, “Soldadinho de Chumbo”, “Patinho Feio”, “A Pequena Sereia”, “A Roupa Nova do Rei”, entre outros.

Hans Christian Andersen nasceu em Odense, Dinamarca, no dia 2 de abril de 1805. Era filho de um humilde sapateiro, que lutou nas guerras napoleônicas e voltou gravemente doente à sua terra natal morrendo pouco depois.

Em vida, escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias, e, principalmente, contos de fadas, pelos quais é mundialmente conhecido.

Escritor dinamarquês, o autor de contos de fadas mais conhecido mundialmente, nasceu a 2 de Abril de 1805, em Odessa, e morreu a 4 de Agosto de 1875, em Copenhaga, também na Dinamarca.

Membro de uma família humilde, aos 11 anos, após a morte do pai, foi viver para a capital, Copenhaga, onde estudou canto e dança, graças a uns protetores. Trabalhou no Teatro Real como ator e bailarino e também escreveu algumas peças. Entretanto, em 1828, entrou na Universidade de Copenhaga.

Contudo, o grande interesse de Hans Christian Andersen era a literatura o que fez dele um ávido leitor. Em 1833, começou a publicar os seus primeiros textos, desde obras dramáticas, a diários, apontamentos de viagens e romances. O reconhecimento internacional chegou em 1835 com o romance O Improvisador. Ainda a nível de romances escreveu Nada como um menestrel (1837), Livro de Imagens sem imagens (1840) e O romance da minha vida (autobiografia, 1847).

Contudo, tornou-se mundialmente famoso pelos contos que escreveu, especialmente por serem dedicados ao público infantil, o que era raro na época. Publicou os primeiros em 1835 e foi acrescentando outros até 1872, altura em que atingiu os 156 contos. De início, Andersen baseou-se nas tradições populares do seu país para escrever as histórias, passando depois aos contos de fadas e a outros onde a Natureza era a protagonista, ou até mesmo os objetos. Assim, escreveu, sucessivamente, contos como Companheiro de Viagem, Os Cisnes Selvagens, O Duende, A Colina dos Elfos, O Rouxinol, O Sapo, O Abeto, As Flores da Pequena Ida, A Agulha de Remendar, A Gota de Água, A Velha Lanterna e Os Trapos. Contudo, nos seus contos mais famosos, O Soldadinho de Chumbo e A Pequena Sereia, notavam-se influências autobiográficas.

Nos seus contos havia sempre uma moral e Andersen tentava passar a ideia de padrões de comportamento que deveriam ser adotados, nomeadamente para que houvesse igualdade entre todas as pessoas.

Hans Christian Andersen escreveu regularmente até 1872, altura em que ficou bastante doente. Viria a morrer três anos mais tarde, a 4 de Agosto de 1875, em Copenhaga.

A data de nascimento do escritor, 2 de Abril, é hoje em dia utilizada para assinalar o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil e o mais importante prémio literário do mundo do género, atribuído pelo International Board on Books For Young People, tem o seu nome.


Nascimento: 2 de abril de 1805, Odense, Dinamarca

Falecimento: 4 de agosto de 1875, Rolighed


Descrição

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O Rouxinol e o Imperador da China” (em dinamarquês:" Nattergalen ") é um conto de fadas literário escrito por Hans Christian Andersen, sobre um imperador que prefere o tilintar de um pássaro de joalheria mecânica ao canto de um rouxinol real. Quando o Imperador moribundo se aproxima da morte, o canto do rouxinol restaura sua saúde. O conto foi bem recebido, após a sua publicação em Copenhague, em 1843, no livro “Novos Contos de Fadas”, e foi inspirada num amor não correspondido do autor pela cantora de ópera Jenny Lind, conhecida como "o Rouxinol Sueco". A história foi adaptada para ópera, balé, teatro musical, série de televisão e cinema.

História - Resumo

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O Imperador da China possuía o palácio mais lindo do mundo, construído com mais fina porcelana, com jardins repletos de flores, se estendendo até o perder da vista e terminando numa enorme floresta que se prolongava até o profundo mar azul. Nesta floresta, morava um rouxinol cujo canto era tão belo que os pobres pescadores até esqueciam de recolher suas redes quando o ouviam. Paravam para escutar e exclamavam, embevecidos: “Céus, como é lindo!” Visitantes do mundo inteiro vinham admirar a cidade imperial, o palácio e o jardim. Mas, ao ouvirem a ave cantando, declaravam que seu canto era mais belo do que tudo. Voltavam aos seus países, escreviam livros sobre a China e dedicavam várias páginas ao rouxinol. Um desses livros chegou às mãos do Imperador que ficou muito espantado por desconhecer totalmente a existência do pássaro cantor. Ao descobrir que uma das coisas mais bonitas de seu império era o canto do rouxinol, ordenou que o trouxessem imediatamente à sua presença. Queria ouvi-lo. Foi difícil achar o rouxinol. Só os empregados pobres, que moravam perto da floresta, o conheciam. Quando enfim o ajudante de cozinha do palácio encontrou a ave, esta se declarou muito contente por prestar uma homenagem ao Imperador e, à noite, com toda a corte reunida, o pequenino pássaro cinzento cantou melhor do que nunca, arrancando lágrimas de emoção do monarca. Tão satisfeito ficou o Imperador que lhe deu o cargo de cantor oficial do reino e, assim, todas as noites, o rouxinol entoava lindas melodias para alegrar-lhe o coração. Porém, certo dia, o Imperador recebeu um presente: um rouxinol mecânico, de ouro, cravejado de brilhantes e pedras preciosas. Nunca se cansava de cantar, sempre a mesma música, e brilhava como uma jóia. Tinha o feitio de um verdadeiro rouxinol, mas estava coberto de diamantes, rubis e safiras. Quando se lhe dava corda, cantava uma das canções que o verdadeiro passarinho costumava cantar, e a sua cauda andava para baixo e para cima, brilhando em prata e ouro. A volta do pescoço foi-lhe posto uma fita de ouro, onde estava escrito: "O rouxinol do Imperador do Japão nada vale comparado com o rouxinol do imperador da China." Todos ficaram maravilhados e o imperador deu-lhe um lugar especial, num almofada de seda, junto á sua cama. O Mestre de Música Imperial teceu à ave os mais altos elogios, considerando-a superior ao rouxinol vivo, não apenas na aparência exterior, mas também no que tinha lá dentro. Quando procuraram o rouxinol verdadeiro, ele tinha voado de volta para a floresta. O pássaro mecânico, eventualmente, quebrou-se, devido ao uso excessivo. Alguns anos mais tarde, o imperador ficou gravemente enfermo. O rouxinol verdadeiro ficou ciente da condição de saúde do Imperador e retornou ao palácio. A morte fica tão comovida com a canção do rouxinol, que se afasta e o imperador recupera a saúde. O rouxinol concorda em cantar para o imperador em todos os eventos do império, e ele passou a ser conhecido como o mais sábio imperador que já viveu.

Composição e publicação

De acordo com o diário de Andersen, "O Rouxinol" foi composto entre 11 e 12 de Outubro de 1843, tendo sido iniciado no “Jardins de Tivoli", um parque de diversões e jardim com motivos chineses em Copenhague, inaugurado no verão de 1843. Em sua vida, o máximo que Andersen viajou paro o leste de Copenhaggue, foi Atenas e Istambul. Sua experiência com a China limitou-se a Chinoiserie européia, um estilo decorativo popular do século XVII ao século XIX.

O conto foi publicado pela primeira vez por C.A. Reitzel, em Copenhague, em 11 novembro de 1843, no primeiro volume da primeira coleção de “Novos Contos de Fadas”. O volume inclui "O Anjo", "Pessoas Queridas", e "O Patinho Feio". O conto foi bem recebido pelos críticoss e levando Andersen ao sucesso e à popularidade. Foi reeditado em 18 de Dezembro 1849, em “Contos de Fadas” e, mais uma vez, em 15 de dezembro de 1862, no primeiro volume dos “Contos de Fadas e Histórias”.



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